Definition of resilience

"In the context of exposure to significant adversity, resilience is both the capacity of individuals to navigate their way to the psychological, social, cultural, and physical resources that sustain their well-being, and their capacity individually and collectively to negotiate for these resources to be provided in culturally meaningful ways" (www.resilienceproject.org)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

"Casita" da resiliência - veja texto abaixo


LA CASITA – MODELO DE PROMOÇÃO DE RESILIÊNCIA

Em 1995, o sociólogo e demógrafo Stefan Vanistendael, do BICE (Bureau International Catholique de l’ Enfance, uma ONG suíça que luta pelos direitos das crianças), formulou, a partir de pesquisas e experiências práticas, cinco elementos principais para a promoção da resiliência em crianças: redes de apoio social, busca pelo sentido da vida, aptidões e sentimento de controle da própria vida, auto-estima e senso de humor. Em 1996, para que fosse mais bem compreendido o tema, ele criou uma metáfora que chamou “la casita” (a casinha), termo que, sem ser traduzido, ficou internacionalmente conhecido.

Nessa “Casita” cada instância representa um campo de intervenção possível para os que querem contribuir para PROMOVER a resiliência. São sugestões que cada pessoa ou instituição deve levar em contar para cada situação concreta e, por conseguinte, atuar de acordo com as necessidades e as possibilidades que essa situação oferece.

Em primeiro lugar está o alicerce, a base sobre a qual a “casa” será construída. Trata-se aqui das necessidades materiais básicas (comida, saúde, casa, sono, vestuário, etc). No subsolo (incluindo o porão) estão as redes de relações sociais (família, escola, clubes, a comunidade e outros) e no coração dessas redes se situa a aceitação profunda da pessoa (aceitação por si e pelo outro).

No térreo (primeiro piso) encontramos uma capacidade fundamental, o sentimento de estar vivo e qual o sentido da vida, questão que pode ser colocada através de uma filosofia que consiste em apreciar plenamente a existência e encontrar coerência para nosso viver. Este nível é o dos projetos pessoais concretos, que devemos encontrar para cada pessoa. O descobrimento do sentido não é uma tarefa individual da criança, podendo ser ativado pelos adultos.

No segundo piso encontramos três cômodos: a autoestima, as competências e atitudes e o humor. Igual a uma casa, os cômodos possuem comunicação entre eles, os campos estão interligados. Assim, a autoestima está em estreita relação com outros elementos, como a aceitação do outro, por exemplo.

No telhado (incluindo o sótão) se encontra a abertura a novas experiências, a capacidade de se entregar a sentimentos profundos e o aprofundamento do sentido da existência pessoal.

O desenho de cada casita é dinâmico e varia conforme as culturas e as realidades pessoais e coletivas. Pode aplicar-se à análise de um determinado grupo religioso, auxiliando a discernir em que domínio, ou peça da casa, seria importante incentivar os esforços, o que permitiria enxergar tanto os elementos que podem ser construídos quanto visualizar os elementos da casita que foram fragilizados ou destruídos.