O
propósito da psicologia positiva é ampliar o olhar da ciência psicológica para mais
além do sofrimento humano e da busca por sua diminuição ou cessamento. Sua
intenção é abordar o experienciar humano a partir de uma perspectiva
integradora sob a qual o sujeito é concebido e se concebe como um agente ativo na
construção de sua própria realidade. Para isso, procura realizar estudos
científicos das experiências positivas (individuais ou coletivas) e sua relação
com as questões de saúde.
A
psicologia positiva aponta para o afastamento de um ponto de vista reducionista
de algumas áreas da psicologia que apostam no ceticismo diante de expressões de
saúde de indivíduos, grupos ou comunidades de que eram esperadas que estivessem
doentes em meio a uma série de adversidades e turbulências. E aponta ainda para
necessidade de se olhar para esses aspectos positivos e de se realizar pesquisas
sobre aspectos como esperança, criatividade, coragem, sabedoria,
espiritualidade e felicidade, que acabam moldando e sendo consequência de uma
visão otimista do mundo.
A
psicologia positiva tem a intenção de contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar
das pessoas, grupos e instituições, apontando meios para o fortalecimento de
competências, apesar de reconhecer as deficiências do sujeito em alguns de seus
embates. Para ela, as expressões de emoções positivas são duradouras e promovem
recursos pessoais que geram saúde e bem-estar.
O
que são pessoas otimistas? São pessoas que esperam que coisas boas aconteçam a elas (em oposição a
pessimistas, que esperam que coisas ruins aconteçam). Os otimistas são vistos
como tendo expectativas diferentes em relação aos problemas e acreditam que as adversidades
podem ser enfrentadas com o pé na realidade e sem perder a esperança e o humor.
Essa capacidade de se manter com expectativas positivas sobre o futuro é vista
como uma força que influencia o comportamento e as estratégias de enfrentamento
em momentos de desafios. Os otimistas tendem a experimentar menos desconforto
do que aqueles de natureza pessimista e mantêm um nível saudável de bem-estar
psicológico. No entanto, o otimismo pode não ser a estratégia adaptativa mais
interesssante em situações particulares de estresse extremo.
Tendo em vista que
o constructo de resiliência toma dimensões a partir de processos que explicam a
superação de adversidades, poder-se-ia sugerir que esse conceito busca tratar
de fenômenos indicativos de padrões de vida saudável. Assim, o olhar da
resiliência compartilha da psicologia positiva em alguns aspectos,
principalmente quando tenta intervir sobre as fortalezas dos sujeitos e não
estudar somente suas deficiências. Reconhece-se, ainda, que sujeitos considerados
resilientes não cultivam emoções positivas apenas para eles mesmos, mas eliciam
essas emoções em outras pessoas. Sendo assim, com certeza os estudos e as
aplicações do conceito de resiliência devem caminhar juntos às pesquisas e
aplicações da psicologia positiva.
Site
indicado: http://www.psicologiapositiva.com.br/
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