Off Topic: Viagem a Buenos Aires – Apontamentos Pessoais
- Haviam me dito que há mais livrarias em Buenos Aires que no Brasil inteiro. O que observei é que há poucas livrarias grandes, com grande oferta de títulos. O que há são pequenas livrarias, muitas especializadas, e livrarias que são na verdade apenas papelarias. No entanto, gostei de duas grandes livrarias, onde encontrei títulos sobre resiliência em espanhol; uma delas tinha até uma estantezinha própria sobre esse tema, mas com pouca diversidade de títulos.
- Em Buenos Aires não há hipermercados, mas sim pequenos mercados, geralmente controlados por chineses, ofertando de tudo: produtos enlatados, verduras e legumes, bebidas, produtos de limpeza, etc. Há uma rede de mercado francesa presente, mas somente com lojas tipo express.
- Pelas minhas andanças vi apenas duas academias. E não se pode dizer que quem mora em BsAs esteja exatamente dentro do peso médio....
- Nos restaurantes não encontrei feijão; arroz também é coisa rara. Parece que o povo retira todo carbohidrato que precisa de batatas e trigo (pães e massas). Também senti o tempero (salsa) um tanto fraco, parece que falta sal.
- Em um restaurante pedi “sopa inglesa” pensando que seria uma sopa de legumes, mas o que veio foi um doce parecido com bolo. Não tinha reparado que estava na lista de postres (sobremesas).
- Buenos Aires não parece ser uma cidade envelhecida, vi pouca concentração de idosos. Com relação aos jovens, percebi que não usam muito jeans, não usam boné e nem gel no cabelo, comparados com os de São Paulo, é claro.
- Vi poucos negros em BsAs (resultado do “ar” europeu e da falta de tráfico de escravos negros para lá?).
- Apesar deles comerem pizza em qualquer lugar e em qualquer momento, não vi muita oferta de azeite nas mesas. Também não vi ketchup e mostarda.
- Cerveja os portenhos não tomam nas mesas em copo como nós. Eles compram uma garrafa grande e ficam bebendo do gargalho pelas ruas. Depois descartam a garrafa em qualquer lugar. As mesas foram feitas para o vinho e para o café. O primeiro bom e barato; o segundo, apenas bom.
- O refrigerante que reina é a coca-cola, com anúncios em todos os lugares. E é cara, cerca de 9 pesos (4,50 reais). Água engarrafada está quase o mesmo preço da coca.
- Os moradores de rua começam a aparecer à noite. Eu os vi mais no Centro da Cidade. Flanelinhas também vi alguns, principalmente próximos do Obelisco. Serão portenhos ou de países vizinhos?
- Os argentinos gostam muito de hóquei. Na semana passada estava sendo finalizado um campeonato mundial de hóquei na grama feminino.
- O trânsito é tranqüilo comparado com o de São Paulo. As avenidas são largas e arborizadas. O que notei foi que mesmo quando o farol fica verde para o pedestre ocorre conflito, pois também fica verde para os carros que vem da direita. No entanto, os motoristas dão preferência para quem está a pé para cruzar a via.
- Durante a semana senti a cidade meio vazia à noite, ao contrário do fim de semana, quando a cidade enche de dia e de noite.
- Quase não tem policiamento na rua... precisa? Vi relato de alguns crimes pela TV.
- Não vi postos de saúde e hospitais. Não sei como é o sistema de saúde em BsAs.
- A economia da Argentina tem certa dependência do Brasil. E eles estão contentes com o crescimento da economia brasileira, apesar de nesse momento mais importarem produtos do que exportarem para o Brasil.
- O transporte público é precário, a frota de ônibus é antiga e mal cuidada. Mas tem linhas para todos os pontos da cidade. Não andei de ônibus e nem mesmo de taxi. Preferi percorrer a cidade a pé. Andei um pouco de metrô, que também é antigo (primeira linha é de 1913!), que também está um tanto mal cuidado e com sujeira (a pior é a linha Retiro-Constitución). A passagem é barata (1,10 pesos = 55 centavos de real), parcialmente subsidiada pelo Estado).
- Há muitos cães em BsAs, mas poucos donos recolhem o cocô, que ficam pelas calçadas.
- Os homens se beijam no rosto para se cumprimentarem com uma tranqüilidade bem maior que a dos brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário